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Postada por: João Guizolfi dia 31/10/2014
Solidários: Éverton Ribeiro, Lucas Lima, Conca, Alex e Ganso superam Jadson
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Paulo Henrique Ganso distribui a maioria de suas assistências pelo chão (Foto: Marcos Ribolli)


Eles fazem a parte deles: colocam a bola para os companheiros a mandarem para o gol. Se ela entra ou não, é outra questão. E ninguém tem sido mais solidário neste Brasileirão do que Éverton Ribeiro, do Cruzeiro, que até a 31ª rodada tocou 67 vezes na bola antes de ela ser finalizada por um parceiro. Em dez dessas vezes, a torcida comemorou gol.


Na última rodada do primeiro turno, o Espião Estatístico mostrou que a liderança era de Jadson, do Corinthians, que tinha 38 passes para finalizações, sendo que cinco tinham terminado em gol. Éverton Ribeiro era o segundo, com 36 assistências e oito que tinham virado gol. Mas Jadson perdeu espaço no Timão no returno e acabou ultrapassado. E não só pelo cruzeirense.


A regularidade de Éverton Ribeiro está em fazer crescer constantemente sua importância ao longo da competição. Ele tinha 14 assistências (três viraram gol) nos nove primeiros jogos antes do Mundial. No mesmo número de partidas pós-Copa, a produção subiu para 22 assistências (com cinco gols a partir delas). Já nos 13 jogos seguintes, fez mais 31 (e duas viraram gols).


Outro dos que deixaram o corintiano para trás - e que rivaliza com Éverton Ribeiro como quem mais dá assistências para gol - é o argentino Conca, do Fluminense, que também já serviu seus companheiros para dez gols em 55 finalizações que passaram antes por ele.


Também vem se destacando o santista Lucas Lima, que já colocou 54 vezes a bola para finalizações da equipe, sendo que cinco resultaram em gol. Nos nove jogos do Brasileirão antes da Copa, Lucas Lima tinha 13 assistências finalizadas. Nos nove jogos seguintes, fez 16 (e uma virou gol). Passados mais 13 jogos, fez outras 25 assistências (e quatro entraram no gol).


Ao lado do novato está o veterano meia Alex, que em seu último ano como profissional, lidera o Coritiba, também com 54 assistências (cinco para gols).  Ganso, do São Paulo, vem logo depois dos dois, com 50 assistências (oito para gols). 


O que chama a atenção observando o quadro abaixo é a "aversão" de Ganso ao jogo aéreo. De suas 50 assistências, apenas dez ocorreram em bolas levantadas frontais, cruzamentos, escanteios, faltas levantadas, lançamentos ou arremessos laterais longos na área. Todas as outras 42 assistências foram rasteiras.


Curioso também é que Robinho, do Coritiba, é o sétimo colocado nesse ranking de solidários. Somadas as suas assistências com as de Alex, chega-se a cem finalizações a partir de bolas que saíram deles. Mas só seis (em cem!) viraram gol. Se o Coxa está na zona de rebaixamento com um dos ataques menos eficientes da competição, não é por falta de quem municie os atacantes.


Como comparação: D'Alessandro e Alex, do Internacional, também aparecem na lista dos mais solidários do Espião Estatístico. Juntos, fizeram 76 assistências e 11 acabaram dentro do gol. Ou seja, enquanto com a dupla do Coritiba 6% foram para a rede, no Inter a marca é de 14%, mais que o dobro.


Fonte: Globo Esporte







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