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Postada por: João Guizolfi dia 21/10/2014
Servidor acusado de aliciar meninos usava falsificação 'grosseira' para fingir não ter HIV
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“Uma falsificação realmente grosseira que qualquer pessoa que entende minimamente de exames laboratoriais perceberia, mas que um leigo, evidentemente, seria enganado facilmente”.


A explicação acima é do proprietário de um Centro de Análises Clínicas de Dourados, José Prado Mansur, referindo-se ao falso exame clínico que Jeferson Porto da Silva, 33, utilizava para enganar os meninos menores de idade que, segundo apurado pela Polícia Civil, ele aliciava para manter encontros sexuais.


Conforme Mansur, que prestou depoimento em apoio às investigações da polícia que seguem em andamento, o documento que Silva apresentava às vítimas para ‘fingir’ não ser portador de HIV tinha o timbre da clínica e a assinatura de uma profissional, mas era totalmente inverídico.


“É um exame com a data de 2013 e a assinatura de uma profissional que deixou de prestar serviço para nós em 2010. O documento inteiro é adulterado. No ponto em que se refere ao resultado do teste de HIV, por exemplo, está lá escrito negativo, sendo que o termo utilizado é reagente ou não reagente. Ele mesmo confessou em depoimento que falsificou”, ressaltou Mansur, que destacou ainda que Silva já fez exames no Centro de Análises, mas nunca de HIV.


Silva foi preso ontem após dois meses de investigações da Polícia Civil. Conforme apurado, ele aliciava meninos menores de idade por meio de redes sociais, utilizando perfis falsos. Depois, marcava encontros e quando as vítimas iam até ele e percebiam que não se tratava de uma mulher, ele os convencia a manter relações sexuais mediante pagamento, que tinha valor médio de R$ 30.


Nas relações, ainda conforme apurado pela polícia, o servidor municipal apresentava em algumas poucas oportunidades o falso exame de HIV, como argumento para não usar preservativo. No entanto, ainda de acordo com as investigações, poucas foram as vítimas que se preocuparam com o uso da camisinha, independente de Silva apresentar ou não o falso exame.


As investigações continuam e não está descartada a participação de mais pessoas no caso, além de um número que pode ultrapassar mais de 100 vítimas. 12 já foram identificadas pela polícia, que está convocando menores que tenham se envolvido com Silva para ajudar no esclarecimento do caso. Os telefones para mais informações sobre como proceder com denúncias são (67) 3411-8060 e 3411-8080.


Fonte: Dourados News







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