Dados apresentados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) em pesquisa realizada entre os dias 20 e 26 de julho continua apontando para os altos preços da gasolina comum no interior do Estado, numa disparidade que chega a quase 25% na relação aos valores praticados em Campo Grande, local onde o litro tem o menor valor, segundo a agência.

Dentro do levantamento também é possível notar que em média, apenas na maior cidade do Mato Grosso do Sul o item custa menos que R$ 3. Nos outros sete municípios, os números ultrapassam o valor. O ranking da ANP também aponta Dourados como a terceira cidade mais cara em relação ao combustível.

De acordo com a pesquisa, o preço médio na Capital é de R$ 2,88, mas a gasolina pode ser encontrada a R$ 2,75, nos 59 postos visitados durante a semana passada.

Já o maior valor foi encontrado em Três Lagoas, cidade da região Leste e que apresentou R$ 3,39 num dos estabelecimentos pesquisados. Porém, o valor médio da gasolina no município é de R$ 3,31.

Paranaíba, no Nordeste de MS, tem o maior valor médio do produto, R$ 3,37, enquanto Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, o item sai da bomba no valor de R$ 3,09 em média, o segundo mais baixo.

DOURADOS

Na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, o consumidor encontra o valor médio da gasolina a R$ 3,25, dados que colocam o município como o terceiro maior preço do combustível no Estado.

O posto ‘mais em conta’ para o abastecimento se encontra no Distrito Industrial, a R$ 3,21, enquanto o mais caro, segundo o levantamento da ANP, foi R$ 3,29, na avenida Aniz Raslem, no Jardim Tropical.

Em Dourados foram 16 postos de combustíveis pesquisados.

NO BOLSO

O Dourados News aproveitou a pesquisa para fazer um breve comparativo entre abastecer em Ponta Porã e Dourados. As duas cidades estão separadas em 120 quilômetros.

Segundo a análise da ANP, para encher o tanque de um carro com capacidade para 50 litros, o consumidor local gasta em média, R$ 162,50. Pela mesma capacidade, na cidade de fronteira, o valor a ser desembolsado é de R$ 154,50, diferença de R$ 8.

Apesar do número baixo, o valor pode fazer diferença na frequência de abastecimento do usuário. Para aquela pessoa que utiliza em média um tanque por semana, ao fim do mês – contando quatro semanas – terá gastado R$ 32 a mais em Dourados.

Por ano, a quantia chega a R$ 384, ou seja, o douradense gasta o equivalente a dois tanques a mais nos 12 meses do que o morador na fronteira.

Fazendo o mesmo comparativo com Campo Grande, a diferença é ainda maior. O morador da Capital precisa pagar, dentro do mesmo comparativo, R$ 144 a cada tanque completo, R$ 18,50 de diferença.

Pelo cálculo, a cada mês, o campo-grandense economiza R$ 74 em relação ao douradense, equivalente a quase meio tanque. Por ano, o valor economizado para quem mora na Capital do Estado chega a R$ 888.