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Postada por: Andrey Vieira dia 04/12/2010
Ação contra o crack é realizada em Naviraí
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Em Naviraí, o projeto atende dezenas de jovens , que são assistidos e encaminhados para as unidades da região (Foto: Divulgação)


Durante três dias, foi realizada em Naviraí uma ação que visou divulgar os males que o crack pode causar aos usuários dependentes, visitar famílias de jovens que estão em tratamento na Fazenda da Esperança (Clínica de Recuperação de Jovens).


A Fazenda da Esperança possui mais de setenta unidades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, atualmente cuidando de mais de 3 mil jovens que são dependentes químicos do crack.


Em Naviraí, o projeto atende mais de dez jovens atualmente, que são assistidos e encaminhados para as unidades de Rio Brilhante-MS, Toledo-PR e La Paloma, no Paraguai.
Em dois anos de existência em Naviraí, o projeto da Fazenda da Esperança já recuperou mais de 40 jovens, que tiveram contato com a droga e se tornaram dependentes químicos.


Na última semana, dias 26, 27 e 28, jovens que são assistidos pelo projeto participaram de todas as missas realizadas na Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima, prestando depoimentos da luta contra o crack e atendendo famílias que possuem familiar com dependência química de algum tipo de droga.
Os jovens e a coordenação do projeto em Naviraí, também visitaram as famílias dos jovens que atualmente encontram-se internados em uma das unidades do projeto Fazenda da Esperança.


Houveram ainda depoimentos prestados a Rádio Cultura AM, durante o programa “Alegria Sempre”, comandado pelo radialista Altevir Nunes. Os jovens falaram sobre os malefícios que a droga pode trazer aos dependentes, podendo desestruturar as famílias.


De acordo com Márcio Araguaia, colaborador responsável pelo projeto no município, em Naviraí  o crack tem deixado crianças de 12 anos e até idosos de 60 anos, dependentes desta droga. “Naviraí possui mais de 800 drogados, casos oficializados, que procuram tratamento junto aos hospitais, assistência social. Esse tipo de droga não escolha idade ou classe social”, explica Márcio.


O tratamento na Fazenda da Esperança, dura um ano e quem termina o tratamento, 85% acabam deixando o vício. “Há uma estatística de que o crack mata mais que o câncer, a AIDS e a guerra. De cada 100 dependentes que procuram, ou não aceitam ajuda especializada, somente 3 sobrevivem”, explica Márcio.


O coordenador Márcio da Araguaia, explica ainda que as pessoas que convivem com pessoas com dependência química, que queiram ajuda podem procurar na Rua Panamá, número 187, ou ainda na secretaria da Paróquia. “O crack leva a maioria dos dependentes a ter distúrbios mentais em pouco tempo. Ninguém consegue deixar o crack sem ajuda”, finaliza o coordenador.


Fonte: Jr Lopes (Naviraí Diário)







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