Entre as cidades de Mato Grosso do Sul que mais me enchem de orgulho, Naviraí, certamente, tem um lugar especial. Não só pelo carinho com que sempre sou recebido pela população, como também pela parceira de trabalho que tenho com a Prefeitura e que já rendeu boas conquistas a todos os naviraienses.

Em defesa do desenvolvimento de Naviraí, já ajudei a viabilizar recursos para a reforma do Hospital e a construção de um novo laboratório. Estamos conseguindo recursos para a construção de um dos mais modernos ginásios de esporte do interior do Estado. Também já conseguimos recursos para resolver um problema crônico de saneamento, no Bairro Varjão. Isso sem falar no asfalto do jardim Paraíso e da Avenida João Rigonato, na implantação do SAMU e na construção de um posto do programa Estarégia de Saúde da Família.

Pois, agora estou sendo literalmente convocado a me somar a uma luta que está sendo encabeçada pela Maçonaria e que já reune dezenas de outras entidades, empresários e lideranças políticas locais. O esforço é para mudar o traçado da Ferroeste, obra prevista no PAC II, mas que – no traçado original, passa a trinta quilômetros da cidade de Naviraí.

Uma comissão já foi criada e é presidida pelo industrial Vinicius Andrade, diretor da Erva Mate Campanário, que lançou oficialmente a mobilização, com uma palestra em que mostrou os argumentos, do ponto de vista econômico e social, para defender a idéia de mudança no traçado dos trilhos da Ferroeste e demonstrar a importância e a viabilidade do projeto de inclusão da cidade de Naviraí, no novo roteiro.

Vinicius disse que a ferrovia é necessária para a continuidade do progresso do município de Naviraí, mas isso só será possível com a ferrovia margeando o perímetro urbano. O traçado originalmente projetado passa há cerca de 30 quilômetros a oeste da cidade. O movimento já recorreu aos meios de comunicação com o objetivo de conseguir o apoio e a união da sociedade naviraiense em torno do projeto de construção do ramal ferroviário para a cidade.

A preocupação dos naviraiense é com a manutenção do crescimento do parque industrial e com o aumento do interesse de novos investidores, pois a ferrovia é um modal de transporte que permite o barateamento de 20 a 30% sobre os custos do transporte, o que termina refletindo também nos custos de produção. As grandes empresas e exportadoras gostam de investir em municípios que tenham ferrovias e uma cidade pólo como Naviraí não pode ficar a margem deste processo de modernização.

Eu, que já participei de uma das reuniões desse movimento, aceitei o desafio de defender a idéia aqui em Brasília e não medirei esforços para conseguir junto aos técnicos da Ferroeste e junto ao Ministério dos Transportes a mudança do traçado original, de forma a atender os desejos da comunidade naviraiense. Contem comigo, mais uma vez.

Geraldo Resende (*)

Fonte: Portal do MS