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Postada por: Andrey Vieira dia 13/04/2010
Ginecologista punido por atos libidinosos contra as pacientes
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O médico obstetra e ginecologista Wilson Roberto Cardoso Farias foi punido com censura pública pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) por assédio sexual a pacientes em Campo Grande. A investigação do conselho teve início há dois anos, quando chegaram as denúncias.


De acordo com o advogado André Borges, assessor jurídico do CRM, duas pacientes e funcionários de um posto de saúde da prefeitura prestaram depoimento contra o médico. Segundo Borges, a localização do posto de saúde é informação sigilosa.


Ao todo, o profissional infringiu seis artigos do Código de Ética Médica, contudo, o mais grave foi não respeitar o artigo 63, que veda ao médico conduta que desrespeite o pudor. As pacientes denunciaram que o médico praticava atos libidinosos durante a consulta ginecológica.


Há oito meses, o CRM decidiu punir o médico com censura pública. Entretanto, o médico recorreu ao CFM (Conselho Federal de Medicina), que manteve a decisão do conselho regional. Desta forma, a censura foi publicada ontem.


O advogado explica que o médico não perdeu o registro profissional, mas a punição aplicada serve como comprovação de maus antecedentes em processos futuros. O CRM não informa se o médico é investigado por outros procedimentos.


A exposição pública do nome do profissional é uma medida de exceção adotada somente em casos graves, pois o conselho mantém decisões sobre casos de menor gravidade em sigilo. “É uma pena grave porque o fato é grave. Em dez ano, é o primeiro caso punido desta forma”, salienta o advogado.


Borges explica que a conclusão do processo na CRM não pode ser adotado pela prefeitura da Capital. Se quiser investigar o médico, o poder público deve abrir um processo administrativo, assegurando direito de ampla defesa.


No trabalho – Um dia após a censura pública, Wilson Roberto Cardoso Farias prossegue com o trabalho normalmente. Atualmente, ele é clínico geral na unidade básica de saúde da Mata do Jacinto.


De acordo com informações da assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o médico não perdeu o registro, portanto pode continuar atuando.


Fonte: CampoGrandeNews







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