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Postada por: Jr Lopes dia 27/06/2019
Renovabio Itinerante tira dúvidas da indústria sucroenergética sobre certificação de biocombustíveis
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Foto: Divulgação


Representantes das 19 unidades sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul reuniram-se, nesta quarta-feira (26/06), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), para o evento Renovabio Itinerante. O encontro é uma iniciativa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e tem como objetivo estimular os produtores à adesão ao processo de certificação eficiente de biocombustíveis.

 

Ao abrir o evento, o presidente Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, explica que o Renovabio busca se tornar o maior programa de descarbonização do mundo. “É um programa desenvolvido pelo Ministério das Minas e Energia bastante ousado e que demanda um envolvimento operacional por parte das usinas do País todo”, afirmou.

 

Ele acrescenta que a meta é dobrar a produção de etanol no Brasil, saltando de 16 bilhões de litros para 47 bilhões de litros até 2030. “Esse evento hoje integra todas as unidades de Mato Grosso do Sul no que tange aos aspectos operacionais dos projetos. Todas as usinas do Brasil serão certificadas e esse processo envolve uma ação interna nas usinas, então a gente tem de entender os processos e explicar isso para os gestores e também para as equipes de operação. É importante que todos saibam como funciona o Renovabio, que tipo de procedimento as usinas terão de fazer”, reforçou.

 

Ainda conforme Roberto Hollanda, o Renovabio vai demandar cada vez mais eficiência na produção de etanol por parte das usinas. “Então todo mundo precisa estar muito comprometido com esse processo e a ideia desse evento é trazer a ANP, que está a cargo da regulação do processo, para ter essa conversa e dar a orientação para as unidades. Também trouxemos empresas certificadoras. É a forma de incorporarmos o Renovabio de forma intensa em mato Grosso do Sul”, completou.

 

Presente ao evento, o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, destacou a oportunidade de troca de experiências com produtores de biocombustíveis do Estado. “É importante termos eventos como esse, porque também é uma oportunidade de nós do Senai aprendermos com vocês, conhecermos a realidade de vocês e adaptar nosso portfólio de produtos e serviços para atender suas demandas. Temos uma série de soluções, seja em consultoria ou em cursos, que podem ajudar a melhorar a competitividade das indústrias e esse é nosso maior objetivo”, salientou.

 

Palestras

As especialistas em regulação da ANP, Maria Auxialiadora Nobre, que também é coordenadora substituta do Renovabio, e Danielle Ornelas, explicaram sobre a certificação e credenciamento de firmas inspetoras, além de falar sobre a atual legislação e a nova resolução da ANP. As duas especialistas ainda abordaram a RenovaCalc, ferramenta que faz o cálculo da Nota de Eficiência Energética Ambiental, documento necessário para a certificação e para adesão ao Renovabio.

 

Já o sócio consultor da certificadora Green Domus, Higor José Vieira do Valle, apresentou aos presentes os desafios do Renovabio e da certificação e o cenário do mercado de biocombustível. “Já fizemos várias visitas, vários projetos e a ideia é trazer um pouco dessas experiências e preparar quem ainda não conhece o programa sobre como funciona a certificação, que é diferente de outras auditorias e exige uma competência técnica que a inspetora deve ter para garantir que a Nota de Eficiência Energética da usina é o mais próximo da realidade e está assegurada com lastro ambiental”, comentou.

 

Na avaliação do diretor da indústria sucroenergética Laguna, Werner Semmelroth, o evento é fundamental para esclarecer aos produtores de biocombustíveis como funciona o Renovabio e quais os passos para adesão. “Todo mundo aqui quer saber como funciona as prestações de informações. Acredito que todos vão aderir ao programa, mas esse é um momento importante para a gente entender como funciona a certificação, a RenovaCalc, enfim, todas as nossas obrigações”, finalizou.


Fonte: Fiems/DICOM







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