O fim da noite do dia 12 de dezembro de 2018 e o início do dia 13 jamais sairão da história do Atlético-PR. Em um jogo emocionante, o Furacão finalmente conquistou seu primeiro título sul-americano. Após novo empate no tempo normal em 1 a 1 com o Junior Barranquilla, a definição ficou para as penalidades. E os colombianos, novamente, falharam. Com o triunfo por 4 a 3, a Arena pôde, enfim, explodir. O clube garantiu vaga na Libertadores do ano que vem, atuará na Copa Suruga e enfrentará o River Plate na Recopa.
O atacante Pablo, que jogou no sacrifício, novamente foi decisivo. Anotou um gol, chegou a 18 no ano, e termina a competição como um dos artilheiros. E o goleiro Santos mostrou que tem "corpo fechado". Afinal, no segundo tempo da prorrogação, o Junior teve a chance da vitória nos pés de Barrera. No entanto, o camisa 10 perdeu a penalidade. No momento de decisão, Fuentes e Téo Gutiérrez (que marcou o gol de empate do Junior) também falharam.
Confira os motivos que levaram o Furacão ao título da Sul-Americana.
SHOW E RECORDE
A torcida do Atlético foi fez sua parte. Cantou, fez uma linda festa e jogou com o time. O resultado foi o novo recorde de público na Arena: 40.263 pagantes. A marca anterior era do rival Paraná, em um jogo contra o Internacional, na Série B do ano passado.
DOMÍNIO DO FURACÃO
Os primeiros 45 minutos da decisão foram quase perfeitos para o Atlético. Seguro na defesa, com a posse de bola e partindo para cima, o Furacão não sofria ameaças e criava o terreno para sair na frente. E isso aconteceu aos 25 minutos. Léo Pereira forçou a saída errada de bola do Junior, Raphael Veiga aproveitou e lançou na medida para Pablo fazer a Arena explodir. Foi o quinto gol dele na Sul-Americana, assumindo a artilharia.
ASSIM NÃO
O replay da jogada do gol atleticano quase se repetiu antes do primeiro minuto da etapa final. Veiga para Pablo, mas o camisa 5, desta vez, parou no goleiro Viera. Uma oportunidade de ficar na boa foi desperdiçada pelos donos da casa. E mudariam o roteiro de uma partida que, naquele momento, estava totalmente sob controle.
COLOMBIANOS EMPATAM E ACORDAM
O Junior pouco assustou no primeiro tempo. Parecia não se conectar ou encontrar o caminho para entrar na grande final. Isso, contudo, mudou aos 10 minutos em chute de Díaz. O lance animou os visitantes, que percebeu a oportunidade para empatar. E veio em uma cobrança de escanteio. Gómez cabeceou e Téo Gutiérrez, que estava apagado, fez um desvio que matou o goleiro Santos. O lance mudou o cenário da partida.
TENSÃO E RISCO
Tudo que o Atlético construiu no primeiro tempo se desfez. O time passou a cometer muitos erros e se perdeu no duelo. O Junior teve algumas chances para virar a partida. Na melhor delas, Díaz não fez o gol por detalhe. A tensão tomou conta da Arena. O Furacão, apesar de tentar, parou de ser efetivo. Com isso, o jogo foi para a prorrogação.
FILME REPETIDO
Na prorrogação o jogo ficou ainda mais dramático. As duas equipes produziram boas oportunidades de ficarem na frente do placar. Contudo, assim como no jogo de ida, o Junior Barranquilla teve a chance da vitória em um pênalti sofrido por González. No entanto, Barrera isolou para delírio da Arena.
SANTOS FORTE
Na hora da decisão, o goleiro Santos viu sua estrela brilhar. Nos dois jogos, o Junior desperdiçou quatro pênaltis. Em todos o goleiro Santos contou com a trave e a má pontaria do Junior. No momento decisivo, Fuentes e Téo Gutiérrez falharam. Lodi até adiou a festa, que foi decretada com a bomba de Thiago Heleno.
Fonte: Lancenet