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Postada por: Jr Lopes dia 10/01/2018
Briga por cachorro motivou assassinato de jovem com tábua de carne
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Seis meses após a soltura do suspeito de assassinar uma supervisora de telemarketing, de 22 anos, em Campo Grande-MS, o pai da jovem, um porteiro de 57 anos, conta que lamenta as brechas da lei e aguarda o julgamento do caso. Recentemente, ainda conforme ele, foi descoberto que o caso pode ir a júri popular. "Eu sempre fui contra este relacionamento e agora tenho que conviver com a dor", afirmou.

 

Após a prisão, o suspeito ficou 10 meses em regime fechado. "A sensação que eu tenho é que os homens estão matando mulher à vontade. A Justiça está muito branda e agora eu e a mãe dela convivemos com este problema, com depressão. Eu quase não acredito mais na Justiça, são muitas facilidades para assassinos", lamentou o pai.

 

Recentemente, ele conta que descobriu por vizinhos que a filha se envolveu em uma discussão banal, por conta de cachorro, e por isso teria sido morta. "Ele queria ter o animal em casa e ela não deixava, principalmente porque toda a responsabilidade seria dela. Mas, não é nada contra cachorro, pois, minha filha inclusive tinha uma e dormia com ela quando morava comigo. Eu avisei ela que, enquanto morasse com aquele homem, não iria visitá-la. Acho que se eu convivesse com ela, talvez isso não teria acontecido. Só que agora não posso fazer mais nada", disse.

 

Ainda conforme o pai, vizinhos escutaram a jovem pedindo socorro. "Logo depois, não ouviram mais nada. E ela ficou um tempo morta em casa. É algo muito triste para um pai. Desde os 14 anos, ela se envolveu com ele e saiu da minha casa quando disse que gostaria de ter uma relação sexual com o rapaz. Os dois se conheceram na igreja, mas, nunca gostei desse relacionamento. Tempos depois, ela soube que ele estava usando droga e separou. Minha filha voltou pra casa, porém ele mandou flores e eles voltaram", explicou.

 

Tornozeleira

A Justiça mandou soltar o rapaz acusado de matar a mulher a golpes de tábua de carne, em 2016, no bairro Santa Luzia, em Campo Grande. Conforme a decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, o acusado terá que usar tornozeleira eletrônica e comparecer em juízo até o 5º dia útil de cada mês para informar as atividades que têm realizado.

 

A decisão foi durante mutirão carcerário, que analisa processos de presos provisórios das varas criminais. Foi levado em consideração o fato do acusado ter endereço fixo, de que tinha ocupação lícita quando foi preso e pelo fato de todas as testemunhas já terem sido ouvidas no processo.

 

Foi verificado ainda que não está mais presente outro item que havia sido apontado anteriormente para manutenção da prisão preventiva: a ordem pública diante da gravidade da situação, tendo em vista que o crime ocorreu há quase 10 meses.

 

O acusado pediu à Justiça escolta para sair do presídio. O pedido foi negado.

 

Crime

A supervisora de telemarketing de 22 anos foi encontrada morta na própria casa, no dia 31 de agosto. Segundo informações dos vizinhos do casal, eles teriam ouvido gritos e barulho de vidros sendo quebrados quatro dias antes do corpo ter sido encontrado. Depois disso, nem a jovem e nem o suspeito foram mais vistos.

 

O corpo só foi encontrado quando uma vizinha sentiu um cheiro forte vindo da casa e acionou a polícia. Dentro do imóvel foi encontrado sangue nas paredes e no chão. O acusado foi preso horas depois na casa da mãe dele.


Fonte: TV Morena







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