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Postada por: Jr Lopes dia 06/03/2017
Zelador é condenado por estuprar as quatro filhas
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O zelador acusado de estuprar as quatro filhas entre 2009 e 2015 foi condenado a 100 anos de reclusão pelos crimes, segundo divulgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) nesta segunda-feira (06/03). A sentença foi proferida pela 7ª Vara Criminal de Campo Grande, que também condenou a mãe das vítimas a 20 anos de reclusão, porque sabia dos abusos e não denunciou. Ele nega o crime.

 

O homem foi preso em outubro de 2015, no bairro Universtiário, região sul de Campo Grande. Hoje as filhas estão com 16, 17, 19 e 21 anos. Segundo o TJ-MS, o cálculo da pena partiu de 9 anos para cada vítima, aumentando em um ano pelo fato do réu ser reindidente.

 

Como o crime foi praticado contra as próprias filhas e várias vezes, a pena foi fixada em 25 anos de reclusão para cada uma das vítimas, totalizando pena final de 100 anos, mas a legislação brasileira estabelece que o réu pode ficar recluso por no máximo 30 anos.

 

O zelador foi denunciado em 2013 à polícia suspeito de abusar das quatro filhas, que na época tinham 12, 13, 15 e 17 anos. Todas elas contraíram Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's), segundo informações da Polícia Civil. Na época, o caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Depca).

 

Consta na denúncia que os estupros aconteceram entre os anos de 2009 e 2015 e que a mãe das vítimas sabia dos crimes, mas se omitiu e não denunciou o caso às autoridades competentes.

 

Apesar do réu negar o crime, a prática de estupro ficou comprovada, principalmente, pelos depoimentos das vítimas e testemunhas, além da declaração da mãe que confessou ter visto o marido "mexer" pelo menos duas vezes com uma das vítimas, segundo o TJ-MS.

 

Em análise dos autos, o juiz titular da vara, Marcelo Ivo de Oliveira, observou que os depoimentos das vítimas, tanto na fase policial de investigação quando em juízo, não foram contraditórios e se mostraram "harmônicos e acima de tudo coesos".

 

Além da pena de reclusão, o juiz também fixou aos pais o pagamento de R$ 5 mil para cada uma das filhas, em reparação aos danos. O processo corre em segredo de justiça. O réu permanece preso e a mãe das vítimas poderá recorrer da sentença em liberdade.


Fonte: G1-MS







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