O Campus Naviraí do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) realiza desde a última sexta-feira, 6, o Festival de Arte e Cultura. O município é o segundo do Estado a promover o evento, que em 2016 ocorre em sete campi da instituição.

Parte das atividades é voltada à comunidade. Entre os participantes das oficinas artísticas e culturais ofertadas durante o Festival estão os idosos da Casa Lar Santo Antônio e os estudantes da rede pública do município.

Para o diretor-geral do Campus Naviraí, Matheus Castro, o Festival de Arte e Cultura tem dupla finalidade: propiciar atividades artísticas e culturais a estudantes e servidores, contribuindo para uma formação profissional humanista, e divulgar o IFMS no município, que desde 2014 funciona com cursos de curta duração e a partir desse ano passou a ofertar também cursos técnicos integrados e de nível superior.

“Por isso, convidamos todas as instituições de ensino das redes pública e privada e a comunidade de Naviraí. Ações de extensão como essa são essenciais para nós porque envolvem um grande número de pessoas, integrando a população ao Instituto”.

A programação de terça-feira, 10, incluiu oficinas de estêncil, canto e artes marciais a estudantes do campus e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Naviraí.

Na atividade sobre estêncil, ministrada pelo professor do Campus Dourados do IFMS, Cleiton Münchow, foi abordada a técnica para aplicação de desenhos ou ilustrações, com o uso de tinta, por meio de cortes ou perfurações em papel e outros materiais. O estêncil pode ser utilizado na produção de estampas ou no grafitismo, entre outras possibilidades.

Segundo Münchow, além de abordar a técnica, a oficina teve como objetivo ainda discutir outros aspectos. “Nela, procuramos trabalhar a criatividade, autonomia dos estudantes e provocar uma reflexão sobre a questão das minorias no contexto atual”.

A professora da APAE, Sirlene Cruz, acompanhou os estudantes. “A atividade apresentou a eles uma técnica nova. Como na educação de jovens e adultos temos a produção de artesanato, o conhecimento adquirido poderá ser utilizado no dia a dia para aperfeiçoar os itens produzidos”.

Além dos estudantes da APAE, também foi ofertada a oficina de declamação de poesias nas escolas municipais Maria de Lourdes Aquino Sotana e Marechal Rondon.

Outra oficina é a de danças circulares, na Casa Lar Santo Antônio. Ministrada pela professora Jozil dos Santos com o auxílio dos discentes do campus, foram realizadas atividades de dança e música junto aos idosos.

De acordo com Jozil, a proposta foi provocar a interação entre públicos em fases diferentes da vida. Além de trabalhar o aspecto coletivo, a dança circular pode também ser utilizada como forma de terapia para casos de câncer e depressão. O resultado pode ser considerado positivo.

“A partir da recepção que tivemos aqui e do convite da Casa Lar, nossa ideia, de agora em diante, é desenvolver um projeto de extensão com visitas mensais ao local”, apontou a professora.

“A interação é muito importante, pois provoca momentos de descontração e alegria, fazendo com que eles saiam do isolamento que pode acarretar em outros problemas, como a depressão”, explicou a assistente social, Andryely Soncini.

Atualmente, a Casa Lar possui 20 moradores, que recebem atendimento especializado em tempo integral.

O Festival se iniciou semana passada. Na sexta-feira, 6, foi realizada a abertura oficial do evento, que teve também o espetáculo “O experimento Tirésias”, com o mágico Rick Thibau. No sábado, 7, foi a vez do Sarau Cultural, que contou com apresentações artísticas e culturais de talentos da região.

As atividades se encerram nesta quinta-feira, 12, com a oficina Tereré com poesia, aberta a todos os interessados. Ela começa às 19 horas no campus, situado na Rua Hilda, 203, Boa Vista.