Página Inicial | SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
Postada por: Jr Lopes dia 18/03/2016
USINAVI: Provável falência da Infinity deixa ex-funcionários apreensivos
Compartilhar Notícia
Trabalhadores demitidos aguardam quitação dos direitos trabalhistas (Foto: Folha de Naviraí/Jr Lopes)


Esta semana um assunto deixou os trabalhadores que foram demitidos da Usinavi, empresa que faz parte do grupo de usinas de álcool da Infinity Bio-Energy, que é controlada pelo grupo de energia e infraestrutura Bertin. A infinity trava uma longa batalha para conseguir sobreviver no mercado. A incerteza sobre a reabertura da usina em Naviraí, deixa os trabalhadores demitidos angustiados e incertos sobre o futuro.

 

A Infinity Bio-Energy está em recuperação judicial desde 2009. De lá para cá já foram apresentados três planos de recuperação. O terceiro foi apresentado no final do mês de fevereiro de 2016. Para que o plano seja aprovado é necessário que os quatro maiores credores aprove. No entanto, o Banco Santander já teria declarado que recusa tal plano e que prefere a falência da Infinity Bio-Energy. A decisão seria na terça-feira, 15 de março, porém até o momento o resultado ainda não foi divulgado.

 

A reportagem da Folha de Naviraí procurou nesta quinta-feira, 17 de março, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Açúcar e Álcool de Naviraí e região, Altair Custódio. Por telefone o sindicalista afirmou que ainda não conseguiu obter qualquer informação sobre a possível falência da Infinity Bio-Energy.

 

O sindicalista explicou que o que há de oficial é o interesse do Grupo Cargil assumir a Usinav, porém uma das condições é de que não assumiria dívidas herdadas pelo Bertin e a Infinity, inclusive as questões trabalhistas.

 

– O grupo Cargil é um dos investidores e pretende assumir de vez a Usinavi, porém há as dívidas e as pendências de direitos trabalhistas com os trabalhadores demitidos desde o ano passado. Eles assumem desde que não tenham que assumir dívidas trabalhistas e nem com produtores. Já o Bertin quer que a Cargil assuma, desde que assuma “as broncas” [dívidas]. O entrave está aí – explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Açúcar e Álcool de Naviraí.

 

Até o início de 2015 a Usinavi, segundo o sindicalista, tinha em torno de 1.200 trabalhadores registrados. A maioria destes trabalhadores foram demitidos, sendo mais 50 na semana retrasada. Segundo apurado pela Folha de Naviraí hoje há entre aproximadamente 120 atuando na empresa, entre os quais há alguns segurados e outros com estabilidade que não podem ser demitidos. Porém, a ideia da direção é deixar apenas 80 atuando na colheita e no transporte.

 

– Pouco mais de 1 mil trabalhadores estão com direitos trabalhistas a  receber. O sindicato está dando suporte, através do setor jurídico, para que os trabalhadores consigam resolver e receber os direitos trabalhistas. Todas as rescisões estão sendo ajuizadas – esclarece Altair Custódio.

 

Dos mais de 1 mil trabalhadores demitidos, muitos foram para usinas da região e a grande maioria está sobrevivendo das parcelas do seguro-desemprego, que já estão por findar.


Fonte: Folha de Naviraí







Naviraí Diário | Todos os Direitos Reservados