Está suspensa a sessão que julgaria cinco vereadores que foram afastados por determinação da justiça, sob suspeita de estarem implicados na Operação Athenas, que desvendou um esquema de corrupção na Câmara de Naviraí e quebra de decoro parlamentar. A denúncia de quebra de decoro foi apresentada pelo vereador suplente Alexandre Orion Reginato (PSDB).

Há poucos instantes o presidente da Câmara, vereador Benedito Missias de Oliveira (PR) e o presente da Comissão processante Antonio Carlos Klein (PDT), receberam cópia da liminar que suspende a sessão de julgamento dos vereadores Jaime Dutra (PT) e Mário Gomes (PTdoB).

Ontem (11) O Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Naviraí, Eduardo Magrineli Júnior, acatou o pedido de mandado de segurança impetrado pelo advogado dos vereadores José Odair Galo (PDT), José Roberto Alves (PMDB) e Moacir Andrade (PTdoB), estão afastados e respondem pelas mesmas acusações de Jaime e Mário Gomes.

A sessão extraordinária estava marcada para as 16 horas desta sexta-feira, 12 de junho. Um carro de som chegou a circular hoje pela cidade convocando a população para que comparecessem à Câmara para acompanharem a sessão de julgamento, que foi suspensa.

O prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos da Comissão Processante formada pelos vereadores Antonio Carlos Klein (presidente), Donizete Nogueira (PSDB) como relator e Luiz Alberto Ávila da Silva Júnior (PT) como membro, termina no dia 27 de julho.

Os postulantes às vagas dos cinco vereadores afastados são: Josias de Carvalho (PT) que pode ocupar a vaga de Jaime Dutra; Manoel Messias de Assis (PT do B) na vaga de Moacir Andrade ou Mário Gomes; Cláudio Cezar Paulino da Silva, o Fi da Paiol (PT do B) na vaga de Mário Gomes; Professor Márcio Albino (PMDB) para a vaga de Zé Roberto ou Gallo; Alexandre Orion Reginato, o Alexandre Goodman (PSDB) postulante à vaga de José Odair Gallo.

Os julgamentos dos cinco vereadores afastados está sendo suspenso pela segunda vez. Gallo, Mário Gomes, Zé Roberto, Jaime Dutra e Moacir Andrade foram afastados em fevereiro deste ano. No dia 8 de abril, em decisão semelhante e juiz Eduardo Lacerda Trevisan concedeu liminar que suspendeu a sessão naquela ocasião, entendendo que havia um erro da Câmara, que iniciou o processo de cassação com base na denúncia do Ministério Público, o que no entendimento do magistrado, torna-se sem legitimidade para pleitear a cassação dos vereadores.