O ano começou com boas perspectivas de produtividade nas lavouras de Naviraí e de municípios da região. As chuvas que caíram no mês de dezembro deixava confiantes os sojicultores. No entanto, este cenário não se manteve e a chuva que até sobrou no mês de dezembro não se repetiu em janeiro deixando os agricultores apreensivos.
A Folha de Naviraí conversou com o produtor rural Nelson Antonini (Grupo Antonini) um dos maiores produtores de soja da região. O produtor explicou que a falta de chuva aliada ao forte calor constatados nas últimas semanas já causaram prejuízos considerados nas lavouras da região. A média geral de perda em Naviraí nesta safra de soja é de 20%, variando de área para área.
– Começamos janeiro com promessa de uma safra recorde, as lavouras estavam de um jeito que dava gosto de se ver. Mas com a falta de chuva há propriedades onde a perda já chega a 50%. Quem plantou entre 20 e 26 de outubro está com a lavoura perdendo entre 30 e 50%. Se não chover consideravelmente nos próximos 5 dias o prejuízo pode ser maior – explica Antonini.
Nas áreas onde o plantio ocorreu no início do mês de novembro, os grãos começam a murchar e só a chuva para amenizar e atenuar a perda. Segundo o produtor rural, nas últimas três safras de soja tem tido quebra na produção. Na safra atual a colheita começou em 13 de janeiro com previsão de término para o início do mês de março.
Mesmo com as intempéries do tempo que é normal na agricultura, os produtores apostam as fichas na safra do milho safrinha que virá após a colheita da soja.
– Nas três últimas safras da soja a maioria dos produtores de Naviraí vem pagando as contas, perdendo o lucro. O nosso produtor tem uma lucratividade ou consegue equilibra as contas porque a safrinha na nossa região da uma sustentabilidade no nosso negócio – finaliza Nelson Antonini.
Fonte: Folha de Naviraí/Jr Lopes