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Postada por: João Guizolfi dia 12/01/2015
Quatro vereadores podem perder o mandato hoje em Naviraí
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Cicinho do PT, Marcus Douglas, Carlão e Adriano (Foto: Divulgação)


Naviraí pode ter hoje o maior processo de cassação de vereadores de sua história. A Câmara de Naviraí, realiza nesta segunda-feira, 12 de janeiro, a partir das 14 horas, em sessão extraordinária a votação para cassação dos vereadores Cicero dos Santos (Cicinho do PT); Marcus Douglas Miranda; Carlos Alberto Sanches (Carlão) e Adriano José Silvério (Adriano do Zecão). A vereadora Solange Melo, presa na operação renunciou o mandato escapando do processo de cassação.


Segundo informações apuradas pela reportagem do site Portal do MS, o advogado e vereador afastado, apontado como braço direito de Cicinho, Marcus Douglas Miranda estará no plenário da Câmara fazendo sua defesa. Caso seja cassado ele seguirá os passos de sua mãe a ex-vereadora Cleuza Miranda, que teve seu mandato cassado pela Câmara por compra de votos. Já Cicinho do PT não deve comparecer a sessão.


Todos vereadores foram presos em 8 de outubro de 2014 pela Polícia Federal na operação denominada “Athenas”, que tiveram início em 2013, inclusive com o uso de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.


OPERAÇÃO
As investigações revelaram um dos maiores esquemas de corrupção em Mato Grosso do Sul. A base da investigação foi o legislativo de Naviraí. Com autorização da Justiça, os telefones de todos os vereadores passaram a ser monitorados e foi aí que a polícia descobriu que a corrupção ia bem mais além, desde processos licitatórios fraudulentos, até contração de servidores por meio de barganha.


Em trecho de uma das escutas, a quadrilha arquiteta mais roubos e golpes. “A gente tem que roubar mesmo, se não, não seremos lembrados”, disse um dos investigados. Cerca de 30 policiais federais estão ocupando a Câmara de Naviraí.


As investigações apontam que os vereadores exigiam e recebiam vantagens indevidas para a aprovação de leis e para atuações ilegais na expedição de alvarás para estabelecimentos comerciais. A Polícia Federal constatou ainda um esquema ilegal no recebimento de diárias pagas pelos cofres públicos para viagens que não eram realizadas pelos servidores municipais.


Eles estão sendo investigados por formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, fraudes em licitações, extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.


Fonte: Portal do MS







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