A colheita do milho 2ª safra (milho safrinha) começou na região de Naviraí e a partir de agora a produção que sair do campo será destinada para ser estocada nos silos a espera do melhor momento para ser comercializado.

Na terça-feira, 25 de junho, a Folha de Naviraí esteve na sede da Copasul (Cooperativa Agrícola Sul Mato-grossense) onde ouviu o agrônomo Antônio José Meireles Flores [Tuca], Gerente Departamento Agronômico da cooperativa.

O agrônomo explicou que o ápice da colheita deve ocorrer entre a segunda quinzena do mês de julho e meados de agosto. De acordo com o agrônomo no ano passado a região de Naviraí, que engloba lavouras dos municípios de Itaquiraí, Juti, Jateí, Novo Horizonte do Sul e parte de Iguatemi, cultivou o milho safrinha em uma área de 92.247 hectares. A produtividade obtida foi de 73 sacas por hectare, superando em 3 sacas a média histórica da região que é 70 sacas por hectare.

Na safra de 2014 que está iniciando a colheita, a área plantada apresentou um aumento de pouco mais de 3 mil hectares, atingindo exatos 95.906 hectares. A previsão inicial é de que seja alcançada a média final de 75 sacas por hectare.

– Neste início de colheita alguns produtores tem alcançado uma produtividade maior por hectare, o que é normal especialmente nas áreas em que o plantio ocorreu de forma antecipada. Mas a média final nós estimamos que fique em torno de 75 e sacas por hectare – explica Tuca.

Parte da produção do milho safrinha que começa a ser colhida já foi comercializada de forma antecipada. De acordo com o setor de comercial da Copasul, 30% da produção foi antecipadamente comercializada, para que o produtor possa utilizar no pagamento de adubos, sementes e defensivos agrícolas usados no preparo do solo e na manutenção da lavoura. O custo médio de produção na safra atual ficou em torno de R$ 1.300,00 por hectare.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na safra de 2014 o milho safrinha ocupou uma área de 48.900 hectares somente nas propriedades de Naviraí, município responsável pela maior parte da produção da região. Destes, a maior parte (41.550 ha) foi cultivada dentro do período recomendado pelo zoneamento agrícola e apenas 7.400 ha fora do zoneamento.