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Postada por: Andrey Vieira dia 27/08/2009
Infinity põe à venda usina de Naviraí
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O plano prevê ainda o pagamento de credores em até dez anos (Foto: Arquivo/Portal do MS)


O plano de recuperação judicial proposto pelo Grupo Infinity, controlador de cinco unidades sucroalcooleiras no País, prevê a venda da primeira usina da companhia no País, a Naviraí, na cidade de Naviraí (MS), por ao menos R$ 180 milhões.

Em 2006, o preço de venda da antiga Coopernavi foi de R$ 240 milhões,conforme o que foi declarado pelo então cooperado José Telmo Viero em entrevista publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. Porém, o preço comentado na praça de naviraí foi de R$ 500 millhões. De qualquer forma, há uma depreciação de preço.

O plano prevê ainda o pagamento de credores em até dez anos. O plano deve ser submetido aos credores até novembro.

CREDORES

A decisão de pedir recuperação judicial fez com que a Usina Naviraí S.A. (Usinavi) adiasse a renegociação das dívidas com os fornecedores, que deveria acontecer a partir de abril, segundo promessa feita pela diretoria, através de carta endereçada a os credores.

O Sulnews, na época a multi-nacional chegou a divulgar que a dívida estaria estimada entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões. Hoje há a compovação documental de que há pelo menos R$ 68 milhões em dívidas e que há pelo menos 436 fornecedores esperando receber contas que variam de R$ 200 a R$ 14,52 milhões. Estes números podem ser bem maiores (pode haver mais documentos a que o Sulnews não teve acesso, se fala em R$ 300 milhões de dívidas), mas é possível saber que o prefeito Zelmo de Brida é o maior credor individual, com R$ 3,8 milhão a receber, além de que sua filha- Cristiane de Brida Santi tem créditos de R$ 1,03 milhão.

O maior credor é o Bic Financiamentos Bancários (R$ 14,52 milhões), seguido pelo Bradesco (R$ 11,04 milhões) e HSBC (R$ 9,69 milhões). Zelmo de Brida é o quarto maior credor (R$ 3,8 milhões). Há dividas também com os ex-líderes da antiga Coopernavi, como José Telmo Viero (R$ R$ 701,77 mil), Ibanez Viero (R$ 122,58 mil) e Iolanda Fabris (apenas R$ 39,25 mil) e Batisita Moreto (R$ 1,09 milhão).

Na lista também chama a atenção as dívidas com Sandra Aparecida de Araújo e Pontes – Fazenda Nossa Senhora do Carmo – Itaquiraí (R$ 1,779 milhão) e Aço Inoxidável Ltda – Sertãozinho – SP (R$ 1,1 milhão).

Um pouco há baixo da casa do milhão de dívidas merecem destaques Reginaldo Gomes de Faria – Uberaba – MG (R$592,7 mil), J. Wind Equipamentos – Sertãozinho –SP (R$ 590,9 mil), Central Royal Química (R$ 793,2 mil), Alfa Laval equipamentos (R$ 793,8 mil). Agotran Transportes – Eldorado – MS (R$ 595 mil), Agreco Locação de Geradores (R$ 534,7 mil) e ADDN Sertãozinho – SP (R$ 903,4 milhão).

Pelos baixos valores de endividamento chama a atenção o crédito expresso por N. A. dos Santos, o Nelson da Mefi (R$ 53 mil, contra os R$ 913 mil.

Há divída da Usinavi para com a Copasul (só R$ 930) e Coopernavi (R$ 7.121), e chama a atenção a dívida com duas usinas concorrentes, a Dcoil – Destilaria Centro-Oeste, de Iguatemi – R$ 229,9 mil) e a Usina Rio Paraná, de Eldorado (R$ 260,72 mil).

Extra-oficialmente a Usinav emprega 3,5 mil pessoas no plantio de mais de 23 mil hectares de cana, para produzir 80 milhões de litros de álcool/ano e 3,1 milhões de sacas de 50 quilos de açúcar/ano, com dividendos de faturamento líquido superior a R$ 100 milhões/ano.


Fonte: Sul News







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