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Postada por: Andrey Vieira dia 22/09/2011
Audiência pública - enfrentamento às drogas (Paulo Hamilton)
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* PAULO HAMILTON


Com uma platéia bastante expressiva, estimada em torno de 600 pessoas, a nossa Casa de Leis realizou uma Audiência Pública, proposição de autoria do Vereador Antonio Carlos Klein e referendada pelos demais Edis daquela Casa Legislativa, no último dia 16.


Diversas autoridades se fizeram presentes fazendo uso da palavra, destacando-se a do autor da proposição, do Delegado de Polícia, do Presidente do Conselho Municipal de Segurança, do Presidente do ARA, senhor Norberto Ananias, do padre Jair Gorlach e dos deputados estaduais Mara Caseiro e Onevan José de Matos.


O evento registrou também um marcante número de famílias desabrigadas que reivindicam doação de casas que estão sendo construídas na Vila Alta, com ruidosas manifestações, portando cartazes com dizeres chamando a atenção das autoridades presentes para a situação em que os mesmos se encontram e reivindicando providências.


O MUNDO ESTÁ DROGADO


Não só de maconha, crack, cocaína, êxtase, fumo, álcool e outras drogas químicas, mas também de uma série de outras drogas que acabam por incentivar nossos jovens a seguir caminhos distantes da virtude, do bom senso, da educação enfim.


Há drogas lícitas e ilícitas. A pior droga lícita é o álcool. É barata, vende em qualquer lugar, e o pobre pode comprar. Cerca de 15% da população nasce com tendência para dependência química. Segundo estatísticas, 14% das pessoas são alcoólatras; 51% dos acidentes de automóveis têm relação direta com o consumo de álcool. A Lei Seca já secou e nossos motoristas continuam secando copos e destruindo corpos.
 

É pecado, é errado beber? Não, não é, desde que o beber seja moderado, que não altere seu estado emocional ou psíquico; que não seja uma desculpa para fugir da realidade. Apreciar um vinho, uma cerveja de vez em quando não é sinal de desequilíbrio ou insensatez.
 

Um outro fator que tem desestruturado o cursar dos dias é o consumo de drogas. É penoso observar jovens que precisam alterar o funcionamento do seu corpo com químicas para sentir prazer em viver.
 

Mas, por que as pessoas se drogam? A Internet e a TV sem censura talvez sejam os principais vilões dessa história. Nossos filhos estão navegando na pornografia virtual e mantendo contato com desconhecidos através de sites de relacionamentos.
 

A programação da TV brasileira desfila um sem número de irresponsabilidades para com a família, principalmente suas novelas que incentivam à traição, o crime, a prostituição e desperta em nossos jovens o desejo de “ter” em detrimento do “ser”.
 

Daí a frustração e o consequente caminho para as drogas, como objeto de fuga.
 

Parece mesmo que gostamos de valorizar as inutilidades e continuamos perdendo nosso tempo com tudo isso, abandonando o hábito da leitura, de uma boa conversa familiar e de aprofundamento religioso.
 

Vivemos a era do jato e esperar o quê de nossos governantes? O salário do Sarney é de R$. 6 mil e, certamente, ele não se preocupa com droga nenhuma.
 

Enquanto um carro roubado valer um quilo de cocaína no Paraguai ou Bolívia, enquanto o Estado camuflar questões de segurança como é o caso do Rio de Janeiro, enquanto os policiais corruptos não entenderem que seus papéis são o de proteger o povo das ações criminosas e não participar delas; enquanto o Estado não deixar enxergar a segurança pública apenas como instrumento de votos ou enquanto insistirmos em eleger Tiriricas, possivelmente, nada disso vai mudar.
 

Um abraço fraternal a todos.


* PAULO HAMILTON é professor aposentado em Naviraí e colaborador deste Site)
Acesse o site: www.cenarioms.com


Fonte: Redação







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