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Postada por: Andrey Vieira dia 19/09/2011
Geadas prejudicam produção de abacaxi na região sul de MS
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Este foi um ano atípico para os produtores de abacaxi do município de Ivinhema, região sul do estado, a 297 quilômetros de Campo Grande. A geada atingiu as plantações e causou uma espécie de choque térmico, o que gera um florescimento antecipado e, consequentemente, nascem frutas menores. Na propriedade do produtor Francisco de Oliveira, as perdas chegaram a 40%.
 

Oliveira é um dos produtores de abacaxi mais antigos de Ivinhema. Ele contou que começou plantando 13 mil pés e, hoje, são 50 mil em dois hectares. “No período de entressafra, na época fria, você não precisa enrolar o fruto, porque não tem sol quente e a fruta não queima. Mas daí veio essa geada inesperada e acabou queimando. Foi um transtorno” comentou o produtor.
 

O produtor afirma ainda que a geada é apenas uma das dificuldades da produção do fruto no estado. As mudas são caras e difíceis de encontrar em Mato Grosso do Sul. “Nós recomendamos que o produtor inicie com uma pequena área, porque a aquisição das mudas é sempre caro no início”, disse o técnico da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Valdeci Sebastião da Silva.


No sítio São José, de propriedade de Márcio Maia Lima, há dois anos, as produções de mandioca e urucum deram lugar ao cultivo do abacaxi. Lima disse que escolheu o abacaxi pela diversificação de culturas. “Estava ficando muito monopolizado, não estava dando um bom resultado a mandioca, o urucum era uma nova atividade que a gente tava começando também, e nós optamos por diversificar e tentar melhorar um pouco mais a renda familiar”, disse.
 

O produtor, por enquanto só consegue um safra por ano, do abacaxi tipo havaiano, que não tem espinho. A colheita será feita em dezembro. O preço de cada fruta depende do tamanho e varia de R$ 0,70 a R$ 1. “Dentro do que a gente tava esperando. Tivemos algum problema com doença, mas dentro da expectativa deu um fruto de boa qualidade, um peso considerável para os padrões aqui da região”, comentou Lima.
 

Outra dificuldade apontada pelos é em relação a produção de abacaxi é quanto ao surgimento de pragas e doenças. O técnico da Agraer explica. “As mudas podem ser infectadas por uma praga chamada cochonilha, que além de afetar diretamente a planta, ela também transmite uma doença, que é a murcha do abacaxi”, disse Silva.
 

Crescimento
 Os empecilhos não tem atrapalhado a produção da fruta em Ivinhema. No município, são 40 hectares cultivados pela agricultura familiar. Nos últimos três anos, a Agraer estima que houve um crescimento de 300% na produtividade. Atualmente são comercializadas, em média, 18 toneladas por ano.


Fonte: G1/ MS







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