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Postada por: Andrey Vieira dia 12/09/2011
Artuzi vai a julgamento em Dourados nesta segunda-feira
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O ex-prefeito de Dourados Ari Artuzi tem primeira audiência de instrução e julgamento nesta segunda-feira (12), a partir das 14h30 no Fórum de Dourados. Artuzi vai à julgamento com a acusação de racismo. A Promotoria de Justiça pede prisão e pagamento de indenização no valor de R$ 300 mil pelo crime de racismo. O suposto crime aconteceu no dia 14 de agosto do ano passado, durante entrevista ao Programa “Hora da Verdade”, da rádio Grande FM.


Na ocasião o denunciado teria dito em entrevista a seguinte frase: “Nóis temu fazenu serviço de genti branca; serviço de genti”. O ex-prefeito teria dito isso quando o radialista questionava sobre problemas enfrentados na administração pública em relação a obras de recapeamento asfáltico. Assim que Artuzi proferiu a frase, diversos ouvintes teriam ligado tanto para a própria rádio quanto para o Ministério Público Estadual.


Segundo a promotoria Artuzi “praticou e incitou o racismo, ofendendo a honra subjetiva dos afrodescendentes”. Para o promotor João Linhares cabia a Artuzi na qualidade de gestor público ‘almejar a inclusão e não a segregação social/racial’ e que ‘com seu comportamento reprovável’, Ari ‘vulnerou profundamente os princípios mais elevados e sacros que se encontram inseridos na Carta da República’.


Conforme a Promotoria, o denunciado, através do rádio conferiu a falsa idéia de que o trabalho só pode ser considerado bom, adequado e eficiente quando efetuado por pessoa de pele branca. O promotor alegou ainda que o acusado não é novo ao mundo do crime, uma vez que responde a vários processos criminais e por atos de improbidade administrativa.


A ação penal pede a reclusão do acusado, que pode ser de dois a cinco anos, além de multa e indenização. O promotor lembrou que recentes houve casos de decisões judiciais onde os acusados por racismo foram condenados a indenizações de R$ 100 mil e R$ 1,2 milhão.


Pérolas


O ex-prefeito Ari Artuzi é conhecido por suas "pérolas" ditas em entrevistas e discursos. Em certa feita ele teria dito que um posto de saúde funcionaria "24 horas, inclusive à noite". Em outro momento questionado sobre as residências médicas – modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço – Artuzi disse que não era a favor, pois, "Médico não precisa de residência, quem precisa de residência é pobre, que não tem dinheiro". Além disso, existe a célebre expressão que foi sua marca durante a campanha eleitoral e que ele voltou a usar quando estava preso após a Uragano: "Ajuda eu", pedia o ex-prefeito.


Fonte: Midiamax







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