A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (6), em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, que o combate à corrupção no Brasil é “permanente e inquebrantável”.
 

“[O Brasil é] um país que tem rumo e sabe da grandeza do seu destino, um país que com o malfeito não se acumplicia jamais e que tem na defesa da moralidade, no combate à corrupção, uma ação permanente e inquebrantável”, afirmou em pronunciamento pelo Dia da Independência, a ser comemorado nesta quarta-feira (7).

Em oito meses de governo Dilma, quatro ministros deixaram os cargos: Nelson Jobim (Ministério da Defesa), Alfredo Nascimento (Ministério dos Transportes), Wagner Rossi (Ministério da Agricultura) e Antonio Palocci (Casa Civil). Os últimos três pediram demissão após denúncias de corrupção em seus ministérios. Em entrevistas, Dilma negou que esteja fazendo uma "faxina" no governo e disse que combater "malfeitos" são "ossos do ofício de presidente".

Crise internacional
No pronunciamento, a presidente também falou da crise econômica internacional, que atinge principalmente a Europa e os Estados Unidos.
 

Ela afirmou que a “maior arma” do governo contra a turbulência financeira é o mercado interno e que, por isso, “não vai permitir” que produtos estrangeiros concorram de forma “desleal” com mercadorias brasileiras. Segundo a presidente, a inflação está sob controle, e a economia vive uma situação de estabilidade.
 

“No caso da crise internacional, nossa maior arma é ampliar e defender nosso mercado interno, que já é um dos mais rigorosos do mundo. Por isso, quero deixar bem claro que o meu governo não irá permitir ataques às nossas indústrias e aos nossos empregos. Não vai permitir jamais que artigos estrangeiros venham a concorrer de forma desleal com os nossos produtos.”
 

Dilma classificou a crise de “grave” e “complexa”, mas destacou que o Brasil está “preparado para enfrentar mais esse desafio”.
 

“[O Brasil] Está plenamente preparado para enfrentar mais este desafio. Aqui emprego e a renda batem recordes históricos, nossas reservas internacionais estão mais sólidas do que nunca, e a inflação está sob controle. Os juros voltaram a baixar e a estabilidade está garantida”, disse.
 

Nesta segunda (6), economistas do mercado financeiro subiram sua estimativa para a inflação deste ano e de 2012. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa para este ano subiu de 6,31% para 6,38%. A previsão para o IPCA de 2012, por sua vez, avançou de 5,20% para 5,32%.
 

Saúde e segurança
 A presidente afirmou que o Brasil tem “muito espaço para crescer” e disse que é preciso, também, melhorar a qualidade dos serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
 

“Precisamos crescer não só em termos de economia e de mercado, mas também na qualidade e acesso a serviços públicos. Ampliar acesso a uma melhor saúde, educação e segurança são as armas para qualquer tipo de crise”, afirmou.
 

Segundo Dilma, uma questão importante é combater o tráfico e uso de drogas. “Um ponto vital une questão da saúde a da segurança. Precisamos enfrentar as drogas com muita autoridade contra os traficantes e com apoio a quem é vítima do vício”, disse.
 

De acordo com a presidente, o combate às drogas  une a questão da saúde à da segurança - o combate às drogas. "Como já tive oportunidade de dizer, precisamos enfrentar as drogas, em especial o crack, com muita autoridade contra os traficantes e muito apoio para quem é vítima do vício", afirmou.
 

Dilma afirmou que, "em uma ponta", o governo está implantando um sistema mais amplo e permanente de controle de fronteiras, para evitar a entrada de drogas e armas.
 

"Na outra ponta, vamos lançar, dentro de alguns dias, uma grande rede de cuidados em saúde mental, crack, álcool e outras drogas. Esta rede será composta pelas comunidades terapêuticas, pelas unidades de acolhimento, pelas enfermarias especializadas e pelos consultórios de rua, que vão garantir ao cidadão e à sua família alternativas de atenção e cuidado, 24 horas por dia, em todo o Brasil", afirmou.

Fonte: G1