Após 12 anos, nova perícia é feita com equipamento para encontrar projétil

Postada por: João Guizolfi | Data 14/05/2015 | Imprimir


O delegado Messias Pires dos Santos Filho, delegado da 6ª DP (Delegacia de Polícia Civil), do Bairro Tijuca, área oeste de Campo Grande, responsável pelo caso da ossada e próteses de silicone encontrados em fossa de um estabelecimento comercial na Avenida Tiradentes, na Vila Taveirópolis, voltou ao local na manhã desta quarta-feira (13) para fazer nova perícia.


De acordo com o delegado, a perícia vai ser feita com um aparelho eletrônico para tentar encontrar possível projétil. Messias disse à equipe de reportagem do Jornal Midiamax que apesar de não haver lesão no crânio, ele quer investigar a possibilidade de tiro


“Não tem indicação de que a vítima tenha levado um tiro, mas como passou muito tempo quero investigar antes de descartar a hipótese”, esclarece o delegado. O responsável do caso disse ainda que quando os sacos de ração foram entregues no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) encontrou osso diferente, e a princípio foi constatado que não era da vítima.


O caseiro, que cuidava do local na época, disse que enterrou dois cachorros próximo do local. Por isso, está sendo investigado se o osso é de cachorro ou de feto. Messias disse que o ex-funcionário é suspeito de ocultação de cadáver porque como passou muito tempo não dá para ele ser responsabilizado como coautor. “Como ele não ia sentir o odor forte que exalava da fosse e não percebeu que os sacos de ração haviam sumido?”, indaga o delegado.


Ainda de acordo com o delegado, a nova perícia não encontrou nenhum projétil. Agora vai aguardar os laudos e pedir mais prazo para a conclusão do inquérito. Apesar de o principal suspeito estar morto o caso está sendo investigado como qualquer outro crime.


Laudos


Os resultados dos laudos do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), segundo a assessoria da Sejusp/MS, disse que o diretor do órgão e perito médico legista Carlos Ildemar de Campos Barbosa está acompanhando de perto a situação dos exames.


Já o exame toxicológico e o de asfixia, que são ainda mais morosos por conta do tipo de material para ser analisado, são mais complexos, pois são ossos de mais de 10 anos. “Agora é só aguardar os laudos da perícia que ainda não foram entregues pelo Ipe”, conclui o delegado Messias.


Vítima


A princípio a ossada seria de Marília Débora Caballero que desapareceu em 2003. Na época a jovem tinha colocado as próteses, que foi um presente do companheiro, e ela morava no local que funcionava como residência e estabelecimento comercial.



Fonte: Midiamax News

Naviraí Diário
www.naviraidiario.com.br